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Hipermetropia e Astigmatismo: entenda as diferenças, sintomas e tratamentos

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
4 min. de leitura

Problemas de refração podem causar desconforto visual que afeta a qualidade de vida e o bem-estar de grande parte da população

Hipermetropia e astigmatismo são dois distúrbios visuais com ocorrência muito frequente, causando dificuldades para enxergar e afetando o bem-estar de pessoas das mais diferentes faixas etárias.

Apesar de comuns, a maioria das pessoas não sabe diferenciar uma condição da outra, ainda mais porque elas podem coexistir e gerar confusão sobre suas causas, sintomas e formas de tratamento, o que dificulta o diagnóstico e ainda pode piorar a progressão do quadro.

Entenda melhor sobre cada uma dessas alterações e saiba como proceder caso identifique algum sintoma típico de hipermetropia e astigmatismo.

O que é hipermetropia?

A hipermetropia é um erro refrativo que dificulta a visualização de objetos próximos. Isso acontece quando o globo ocular é mais curto do que o normal ou quando a córnea tem uma curvatura menor do que a ideal, fazendo com que a imagem se forme atrás da retina.

Pessoas com hipermetropia geralmente têm dificuldade para ler ou realizar atividades que exigem foco de perto, como costurar ou usar o celular. Dessa forma, as imagens ficam embaçadas quando enxergadas de perto e mais nítidas quando vistas de longe.

Em graus leves, a alteração pode passar despercebida, principalmente em jovens, já que o olho consegue compensar o problema. Com o tempo ou com o aumento do grau, os sintomas se intensificam.

O que é astigmatismo?

O astigmatismo também é um problema de refração, mas com características diferentes da hipermetropia. Nele, a curvatura irregular da córnea ou do cristalino faz com que a luz seja desviada e se concentre em vários pontos da retina ao mesmo tempo, provocando visão embaçada tanto para perto quanto para longe.

Essa condição pode ocorrer isoladamente ou em conjunto com a miopia ou hipermetropia. A visão distorcida e os contornos desfocados são as principais queixas de quem tem astigmatismo, especialmente em ambientes com pouca luz.

Diferença entre hipermetropia e astigmatismo

A principal diferença entre hipermetropia e astigmatismo está na forma como a visão é afetada. Na hipermetropia, a pessoa tem mais dificuldade para enxergar de perto, enquanto o astigmatismo provoca distorções na visão para qualquer distância.

Além disso, as causas da hipermetropia e astigmatismo também são diferentes, já que a hipermetropia está mais relacionada ao formato do globo ocular, que é mais curto. O astigmatismo, por sua vez, está associado à irregularidade da curvatura da córnea ou do cristalino.

Outro ponto importante é que é possível ter as duas condições ao mesmo tempo, o que exige atenção redobrada no diagnóstico e na escolha do tratamento mais adequado.

Sintomas mais comuns de hipermetropia e astigmatismo

Alguns dos sintomas de hipermetropia e astigmatismo podem se sobrepor, dificultando a identificação do distúrbio. Por isso, é fundamental consultar um oftalmologista para obter um diagnóstico correto da condição a partir de testes de refração e outros exames específicos.

Os sinais mais comuns de hipermetropia são:

  • Imagem borrada de objetos próximos;
  • Vista cansada;
  • Dor de cabeça;
  • Vermelhidão e lacrimejamento nos olhos.

No caso de astigmatismo, os principais sintomas incluem:

  • Visão embaçada;
  • Dificuldade para enxergar de perto e de longe;
  • Sensibilidade à luz;
  • Ardência nos olhos;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Fadiga ocular;
  • Necessidade de apertar os olhos para enxergar melhor.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da hipermetropia e do astigmatismo é obtido a partir de exames clínicos e oftalmológicos, como testes de refração para medir a acuidade visual e a ceratometria, que avalia a curvatura da córnea.

O ideal é que a consulta oftalmológica seja realizada anualmente, mesmo na ausência de sintomas, de forma a garantir o acompanhamento adequado da saúde visual.

Tratamentos para hipermetropia e astigmatismo

Por serem problemas de refração, ambas as doenças oculares podem ser tratadas da mesma forma. O uso de óculos e lentes de contato é indicado para direcionar corretamente a luz para a retina. A cirurgia refrativa também é uma opção, realizada com laser LASIK para remodelar a córnea.

A escolha do tratamento depende do grau da condição, da idade do paciente, do seu estilo de vida e da avaliação oftalmológica.

Hipermetropia e astigmatismo em crianças

A detecção precoce da hipermetropia e do astigmatismo em crianças é essencial para evitar prejuízos a elas no desenvolvimento escolar e social. Como os pequenos nem sempre conseguem perceber ou expressar exatamente os problemas visuais, os pais e responsáveis devem ficar atentos a sinais como:

  • Aproximar objetos dos olhos para enxergar;
  • Dificuldade para ler ou copiar conteúdos;
  • Desempenho escolar ruim;
  • Problemas de concentração;
  • Quedas frequentes;
  • Irritabilidade e falta de atenção.

O primeiro exame oftalmológico deve ser feito ainda no primeiro ano de vida, por volta dos 6 meses, com reavaliações periódicas conforme recomendação médica.

Prevenção e acompanhamento

Por serem condições genéticas, não é possível prevenir a hipermetropia e o astigmatismo. Porém, alguns hábitos indicados para manter a saúde dos olhos são:

  • Evitar o uso excessivo de telas;
  • Garantir iluminação adequada ao estudar ou ler;
  • Evitar coçar e esfregar os olhos para não alterar o formato da córnea;
  • Manter uma alimentação rica em vitaminas e antioxidantes;
  • Realizar consultas oftalmológicas regularmente.

O acompanhamento contínuo com um especialista é fundamental para detectar alterações visuais precocemente e garantir qualidade de vida e conforto visual para o paciente.

Fonte:

Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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