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Fundoscopia

Fundoscopia
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
4 min. de leitura

Exame de fundo de olho é fundamental na identificação precoce de diversas patologias sistêmicas e oftalmológicas.

A fundoscopia é um exame oftalmológico também muito conhecido como exame de fundo de olho. Trata-se de um exame que analisa as condições gerais da retina e do nervo óptico, avaliando com precisão as veias e artérias da retina.

A retina é uma membrana ocular, cuja principal função é transformar as imagens em um estímulo nervoso, permitindo que o cérebro as interprete.

A fundoscopia é ainda chamada de oftalmoscopia direta e, quando feita regularmente, permite ao médico detectar e prevenir muitas doenças oftalmológicas graves, capazes até mesmo de levar o paciente à cegueira irreversível.

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Quando fazer o exame de fundo de olho?

Mesmo pessoas que não apresentam problemas oculares, tampouco doenças que predispõem patologias oftalmológicas — como a hipertensão arterial ou a diabetes —, têm indicação de realizar a fundoscopia periodicamente, em checkup oftalmológico anual, por exemplo. Esta importância é ainda maior para pessoas com mais de 40 anos.

Pacientes que já estejam em acompanhamento para alguma doença ocular ou sistêmica devem seguir uma periodicidade diferente para a realização do exame, o que deve ser previamente acordado com o médico oftalmologista. O especialista deve levar em conta, inclusive, o histórico clínico do paciente.

A fundoscopia pode revelar informações importantes em pessoas de todas as faixas etárias. O exame de fundo de olho pode ser feito até mesmo em bebês, uma vez que os recém-nascidos prematuros — com como aqueles cujas mães padeceram com infecções como a rubéola e a toxoplasmose durante a gravidez — necessitam deste acompanhamento de maneira rotineira.

Além disso, todos os bebês precisam passar pelo teste do reflexo vermelho (teste do olhinho), exame em que é avaliada a coloração avermelhada gerada pela retina através da pupila, uma vez estimulada frente a uma iluminação direta.

Este exame pode ser feito pelo próprio pediatra, que deve encaminhar o pequeno paciente ao oftalmologista no caso de qualquer alteração ou resultado suspeito. Nestas situações, a fundoscopia pode identificar até mesmo a presença de doenças críticas, como:

  • Toxoplasmose;
  • Alguns tipos de tumores (como retinoblastoma);
  • Rubéola;
  • Sífilis;
  • Retinopatia da prematuridade — patologia que pode causar cegueira;
  • Citomegalovírus.

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Em adultos, a fundoscopia deve ser periodicamente realizada para diagnosticar precocemente algumas doenças oculares, como o glaucoma – alteração no nervo óptico. Quando aliado à medida da pressão intraocular, o médico pode indicar o início do tratamento antes que surjam os sintomas.

É preciso destacar que o glaucoma, principal causa de cegueira irreversível no mundo, é uma doença silenciosa e que pode levar muitos anos até começar a causar alterações visuais.

Problemas relacionados ao envelhecimento, como o surgimento de drusas na retina e degeneração macular associada à idade, também podem ser observados pelo oftalmologista durante a fundoscopia.

O exame de fundo de olho é um método fácil para avaliar danos em órgãos-alvo, fornecendo também informações sobre a atividade e o tempo de desenvolvimento de algumas patologias.

Em suma, trata-se de um exame muito útil para a prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento correto de muitas doenças, evitando assim complicações oftalmológicas e sistêmicas.

Como o exame de fundo de olho é feito?

A fundoscopia é conduzida com o auxílio de um oftalmoscópio. Com auxílio deste aparelho, o médico projeta uma luz no fundo do olho do paciente. Através da reflexão dessa luz, é possível que o especialista observe as estruturas presentes no fundo da retina.

Em um aspecto geral, para poder facilitar e ampliar a visão da retina, o oftalmologista faz uso da aplicação de um colírio para dilatar a pupila do paciente.

Por esta razão, é indicado que as pessoas que se submetem ao exame de fundo de olho optem por ir ao consultório acompanhadas, uma vez que a visão se torna turva por algumas horas, atrapalhando o paciente de dirigir ou mesmo tomar um transporte público.

Existem dois tipos de fundoscopia, conhecidas pelas suas formas direta e indireta. No primeiro caso, que pode também ser realizado por clínicos gerais e neurologistas, é utilizado um oftalmoscópio direto (trata-se de um aparelho portátil e simples), que permite ao médico obter uma visão amplificada da retina, mas com um campo de visão mais restrito.

Na forma indireta, realizada exclusivamente por um oftalmologista com o auxílio de equipamentos maiores e mais completos, o exame permite uma visualização mais completa da retina.

O que este exame pode revelar?

A fundoscopia é um exame completo e que permite a identificação de uma série de doenças oculares e sistêmicas. Os sinais identificados podem ser diversos.

Seguem alguns exemplos de doenças que podem ser identificadas a partir da fundoscopia: toxoplasmose, glaucoma, diabetes, hipertensão arterial, neurite óptica (como possível sequela de esclerose múltipla – doença autoimune), dentre outras.

Qual o valor do exame?

Não é possível catalogar o preço da fundoscopia, que pode variar de acordo com muitos fatores, como o profissional e a clínica escolhidos, além da localização geográfica.

Contudo, é possível estimar, que na maior parte dos casos, o valor deste exame costuma orbitar em torno de R$ 80 a R$ 200.

Os cuidados com os olhos e o tratamento de doenças que acometem esses órgãos são de responsabilidade da Oftalmologia. Entre em contato e agende sua consulta.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Oftalmologia

SBRV – Sociedade Brasileira de Retina e Vitreo

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