Existem três formas de tratar a doença para retardar sua progressão e evitar a perda da visão
O glaucoma é uma doença ocular provocada pela elevação da pressão intraocular, causando uma lesão no nervo óptico. É uma doença que não tem cura e que, quando não é tratada, pode levar à perda total da visão. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), mais de 600 mil pessoas não sabem que têm a doença.
Há quatro tipos de glaucoma: o de ângulo aberto (ou crônico), o de ângulo fechado (ou agudo), o congênito e o secundário. O primeiro é o mais comum, representando cerca de 80% dos casos. Ele tem como causa uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso (líquido responsável por nutrir a córnea e o cristalino e por regular a pressão interna do olho) e aumenta a pressão intraocular. Pode ser assintomático e ocorre com mais frequência em pessoas acima de 40 anos.
O glaucoma de ângulo fechado tem como causa um aumento súbito da pressão intraocular que leva ao turvamento da visão e à dor intensa no olho afetado. O glaucoma congênito acomete os recém-nascidos, no qual podem ser observadas uma assimetria no tamanho dos olhos e diminuição do brilho ocular; e o glaucoma secundário tem relação com doenças como diabetes, uveítes, catarata, entre outras.
O glaucoma pode ocorrer em homens e mulheres de qualquer idade, mas é mais comum em adultos mais velhos — acima dos 40 anos. Essa característica, junto ao tipo de doença, são critérios importantes na definição do tratamento do glaucoma. Entenda a seguir.
Fatores de risco do glaucoma
Os principais fatores de risco para o glaucoma são:
- Hereditariedade;
- Diabetes;
- Idade;
- Pressão arterial alta;
- Uso prolongado de medicamentos corticoides;
- Traumas oculares;
- Doenças como tumores ou descolamento da retina;
- Alto grau de miopia.
Sinais e sintomas do glaucoma
Na maioria dos casos, o glaucoma não apresenta sintomas ou sinais em seus estágios iniciais. Em fases mais avançadas, o paciente pode apresentar, dependendo do tipo de glaucoma:
- Pontos cegos irregulares na visão periférica (lateral);
- Alterações na visão central (em estágios mais avançados);
- Dor de cabeça intensa;
- Dor ocular intensa;
- Náuseas ou vômitos;
- Visão turva;
- Halos ou anéis coloridos ao redor das luzes;
- Vermelhidão ocular;
- Perda da visão.
Por não apresentar sintomas na fase inicial, é importante fazer exames oftalmológicos regulares que incluam medições da pressão ocular. Com o diagnóstico precoce, o tratamento do glaucoma pode ser importante para retardar ou prevenir a perda de visão.
Qual é o tratamento do glaucoma?
O tratamento do glaucoma varia desde a utilização de colírios, que reduzem a pressão ocular, a cirurgias e o uso do laser.
Tratamento clínico
Este tipo de tratamento do glaucoma é feito com o uso de colírios que ajudam a reduzir a pressão intraocular. O tratamento feito com colírios deve ser realizado a vida toda e, normalmente, é bastante seguro.
Laser
O tratamento do glaucoma com laser tem como objetivo aumentar a drenagem (trabeculoplastia a laser) do humor aquoso — nos casos de glaucoma de ângulo aberto — ou fazer uma abertura na íris (iridotomia periférica a laser) — em pessoas com glaucoma de ângulo fechado crônico ou agudo.
Para realizar o procedimento, são aplicados colírios anestésicos, para evitar dores e incômodos, e o paciente pode voltar para casa no dia do procedimento. No tratamento do glaucoma com laser, pode ocorrer um aumento temporário da pressão intraocular, que é tratada com colírio.
Cirurgia de glaucoma
A cirurgia é uma opção de tratamento do glaucoma quando:
- A pressão intraocular está extremamente elevada;
- O uso de colírios não é suficiente para manter a pressão controlada;
- Por alguma razão, o paciente não pode usar colírio ou desenvolve efeitos colaterais intoleráveis;
- Há perda grave do campo visual.
Entre em contato e agende uma consulta na Clínica de Olhos com a nossa equipe médica qualificada.
Fontes: